Marina Colasanti
Marina Colasanti nasceu em 1937, no norte de África, mais precisamente na cidade de Asmara, hoje capital da Eritreia e então sob domínio italiano. Depois de os pais terem rumado a Itália, onde viveu as agruras da Segunda Guerra Mundial, partiu para o Brasil, com 11 anos.
Os livros foram sempre os seus melhores companheiros e o mundo das artes motivo de grande fascínio. Estudou Belas Artes, no Rio de Janeiro, mas acabou por seguir a carreira jornalística, trabalhando, como editora e cronista, no Jornal do Brasil, nas revistas Nova e Manchete, entre outros títulos. Conquistou diversos prémios de jornalismo, nomeadamente o conceituado Prémio Abril. Passou também pela televisão, onde apresentou vários programas culturais, e trabalhou no mundo da publicidade. É ainda uma reputada tradutora.
Estreou-se na literatura, em 1968, com «Eu Sozinha», livro de laivos autobiográficos, onde a autora discorre sobre a solidão. Logo no início escreve: “Jamais hei-de saber a imagem que os outros têm de mim. Eu me conheço dos espelhos, das fotografias dos reflexos, quando meus olhos param para se olhar e a diferença de ângulos impede criar uma dimensão real. Não sei os movimentos do meu rosto. Nunca me vi pela primeira vez”.
Com os livros seguintes, construiu uma carreira impressionante no sempre competitivo mundo das letras brasileiro, escrevendo sobre temas tão diversos como as questões femininas, as viagens ou a guerra, que experimentou na primeira pessoa e que foi tema de um livro bastante aclamado, «Minha Guerra Alheia» (2010). É ainda autora de obras notáveis como «Contos de Amor Rasgados» (1986), «Eu sei, mas não devia» (1995) ou «Hora de Alimentar Serpentes» (2013).
Além dos contos, crónicas e ensaios, aventurou-se também pela poesia (em 1993 publicou o seu primeiro livro de poemas, «Rota de Colisão», imediatamente premiado) e pela literatura infanto-juvenil, onde haveria de tornar-se um nome aclamado e respeitado, graças a obras como «Entre a Espada e a Rosa» (1993), «Ana Z, Onde Vai Você?» (1994), «Antes de Virar Gigante» (2011) e «Breve História de um Pequeno Amor» (2014).
Recebeu os mais destacados galardões da literatura brasileira e muitos prémios pelos seus livros. O seu reconhecimento ultrapassou fronteiras, como aconteceu recentemente na Feira Internacional do Livro de Guadalajara (México), em que foi agraciada com o Prémio Ibero-Americano SM de Literatura Infanto-Juvenil. Os seus livros estão traduzidos em diversas línguas.
Além de autora, Marina Colasanti é ainda responsável pelas ilustrações nos seus livros infanto-juvenis.
Participação na Maratona de Leitura
11:00 | Leitura no palco |
18:30 | Encontro com a escritora no Moinho das Freiras |