Filipe Lopes
Nasceu em Tomar, em 1975. Sendo um dos fundadores d'O Contador de Histórias. Com um percurso profissional variado (passagens pelo jornalismo e pelo marketing) é desde 2003 o rosto a tempo inteiro d'O Contador de Histórias. Responsável também pela parte de promoção e gestão burocrática da estrutura do Grupo e da Editora, é nas atividades de promoção do livro que se sente como peixe na água. Aos quinze anos criou com Nuno Garcia Lopes o programa de rádio “Papoilas do Hospício”, uma mescla de músicas e textos subordinados sempre a um tema semanal, que levava uma pitada de loucura ao pacato universo radiofónico da cidade de Tomar, no início da década de 90.
Mais tarde, em resultado desta passagem pela rádio, começa a dedicar-se à leitura de poemas em recitais, já sem a máscara das ondas hertzianas. O contacto com o conto vem muito depois do Grupo já existir e dos companheiros de viagem andarem a contar histórias pelas escolas e jardins-de-infância. Um dia, sem experiência mas com o peso da responsabilidade do convite da Bedeteca de Lisboa para participar numa maratona de contos, lá se aventura a contar “O Kágado” de Almada Negreiros. Pouco depois, com “empurrão” da Mafalda Milhões, cai de pára-quedas na Fundação do Gil e começa a contar histórias nas Pediatrias dos Hospitais da Grande Lisboa. O que podia ser um desafio muito complicado revelou-se uma escola muito importante para o trabalho que hoje desenvolve. É atualmente coordenador artístico da “Hora do Conto” na Fundação do Gil, projeto que envolve várias dezenas de contadores de histórias e voluntários e que se desenvolve em cerca de trinta núcleos hospitalares por todo o país.
Levar histórias a crianças internadas mostrou como não existem públicos difíceis e como a tarefa pode ser extremamente gratificante. De resto os públicos “especiais” são os preferidos. Filipe Lopes tem vindo a desenvolver alguns projetos como “A poesia não tem grades” que levou a leitura a alguns estabelecimentos prisionais.
Nos últimos tempos tem vindo a procurar transmitir os conhecimentos adquiridos nas centenas de sessões que desenvolveu ao longo dos anos. Através da “Oficina de sobrevivência para pais contadores de histórias” ajuda pais, avós e outros interessados a tornar a “hora do conto” caseira mais fácil de preparar e mais interessante para quem ouve. Realiza também conferências e formações para professores e bibliotecários onde costuma lembrar que é importante gostar do que fazemos para que os outros gostem do nosso trabalho.
Publicou em Setembro de 2007 “A História do Zeca Garro”, escrito em parceria com Carla Goulart Silva, um livro infantil dedicado a uma espécie protegida do Açores, o cagarro.
Participação na Maratona de Leitura
30 de junho
Massagens Poéticas (Escolas da Sertã; 14h00)
1 de julho
Oficina «Chá de Poesia Dançado» (Gonçalo Mógão; 17h30)
Apresentação do áudio livro «Guia experimental para a leitura em voz alta» (Praça da República; 21h30)
3 de julho
Leitura no palco das 24 Horas a Ler (Cineteatro Tasso; 12h20)